Dissertação

{pt_PT=Arquiteturas expositivas e Identidade Nacional: o Pavilhão de Portugal em Exposições Internacionais entre a Primeira República e o Estado Novo} {} EVALUATED

{pt=As Exposições Internacionais constituem, no campo da arquitetura, excelentes meios de prática experimental e influências mútuas, onde a novidade é testada com outro arrojo, devido ao carácter efémero destas construções expositivas, embora se registem, igualmente, continuidades e até retrocessos. As estreitas relações entre estas arquiteturas e os aspetos identitários de cada país revelam-se na conceção dos respetivos pavilhões, condicionados por diretrizes políticas, ideológicas e mentais. São nove as representações de Portugal, entre 1915 e 1970, que contaram com a construção de pavilhões próprios. A análise realizada foca as circunstâncias políticas e económicas determinantes na nossa participação e a imagem do país que se foi procurando projetar, em discursos ajustados aos regimes e às suas estratégias de afirmação e propaganda. Neste processo e sob a pressão dos concursos, assiste-se à discussão em torno de um estilo nacional, na qual pela primeira vez os nossos arquitetos decidem entrar e tomar o protagonismo, seja pela defesa de inspirações historicistas, vernaculares ou de um ‘modernismo nacional’. Todo o processo em torno dos pavilhões estudados, entre concurso ou adjudicação, construção e funcionamento, refletem importantes aspetos da evolução da teoria e prática arquitetónica em Portugal, apesar dos muitos condicionalismos existentes. A visão de conjunto proporcionada permite ainda avaliar a estreita relação entre conceção arquitetónica e programa decorativo, onde esta foi sendo progressivamente trabalhada no sentido de alcançar uma obra global, funcionando como um cartaz do país levado às cinco partes do mundo., en=International exhibitions are, in the architectural field, excellent means for experimental practice and symbiotic influences, where novelty is tested with particular boldness, due to the ephemeral nature of these expositive buildings, although there are also continuities and even set- backs. The close connections between these architectures and identity aspects of each country manifest themselves in the design of the respective pavilions, conditioned by political, ideological and conceptual parameters. There were nine representations of Portugal, between 1915 and 1970, which involved the construction of a national pavilion. The analysis performed focuses on certain circumstances such as politics and economy, determining national policies for our participations, and the image of the country that should be projected, in discourses adjusted to the regimes and their strategies of affirmation and propaganda. In this process and under the pressure of the architectural competitions, a discussion around a national style erupts, in which, for the first time, architects participate and arise to the spotlight, whether it was defending historicist, vernacular, or a ‘national modernism’ inspirations. The entire process around the pavilions in this study, among competitions or adjudication, construction and use, reflect important aspects of the evolution of theory and architectural practice in Portugal, despite the many existing constraints. The provided overview also allows assessing the close relation between architectural design and decorative program, gradually developed towards achieving a total work of art, functioning as a poster of the country, taken to the five parts of the world.}
{pt=“Exposições Internacionais”, “Arquiteturas Expositivas”, “Pavilhão de Portugal”, “Concursos de arquitetura”, “Estilo Nacional”, “Obra de Arte Total”, en=“International Exhibitions”, “Expositive Architectures”, “Portuguese Pavilion”, “Architecture Competitions”, “National Style”, “Total Work of Art”}

julho 7, 2016, 12:30

Publicação

Obra sujeita a Direitos de Autor

Orientação

ORIENTADOR

Vítor Manuel de Matos Carvalho Araújo

Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil)

Professor Auxiliar