Breve Introdução
Com o lançamento do primeiro satélite artificial em 1957, a civilização entrou na era do espaço. Desde então, a exploração espacial alcançou feitos significativos, incluindo a presença humana na Lua, sondas, robôs e helicópteros visitaram vários planetas, uma estação espacial internacional permanentemente habitada em órbita da Terra, as sondas Voyager alcançaram o espaço interestelar, e esforços estão a ser desenvolvidos para o regresso à Lua, como um passo intermédio a caminho de uma missão humana a Marte.
Contudo, há mais no espaço para além da exploração. É a fundação de serviços fundamentais, tais como posicionamento global, previsão meteorológica, observação da Terra e comunicações por satélite. No futuro perspectivam-se novos serviços, tais como conectividade de alto débito em qualquer lugar do planeta, manufactura em órbita de produtos únicos, tais como próteses de retina e fibras ópticas de alto desempenho, mineração de asteróides, e o estabelecimento de uma economia cis-lunar. Acresce que a tecnologia espacial frequentemente traduz-se em produtos revolucionários na terra, tais como equipamento de bombeiros, sensores de imagem CMOS, purificação de água, células fotovoltaicas, entre outros.
Portugal tem uma comunidade forte e ativa na área do espaço, incluindo na academia e na industria, alavancada pela sua entrada em grandes organizações tais como a ESA, o ESO, o CERN e o ISECG, e pela fundação da Agência Espacial Portuguesa (Portugal Space). De facto, uma porção significativa dos recursos humanos nesta comunidade foi formada Técnico.
No Técnico existe actividade altamente reconhecida a nível internacional em várias áreas do espaço, com laboratórios de referência em astrobiologia, plasmas hipersónicos, nano-satélites, robótica e proteção e segurança radiológica. O minor em ciências e tecnologias do espaço assenta nesta expertise, procurando uma formação transversal me área multidisciplinar e interdisciplinar do espaço, como complemento a qualquer curso de mestrado no Técnico.