Objectivo

Esta secção irá incluír sugestões orientadas para que os alunos tenham um bom desempenho nas provas de avaliação.

Sugestões gerais

  • Estar familiarizado com a calculadora científica. Exemplos:
    • Log (logaritmo de base 10) vs. Ln (logaritmo natural)
    • Funções trigonométricas em graus vs. radianos.
  • Apresentar o resultado final com as respectivas unidades. Por exº:
    • Responder que uma tensão é "531" é incorrecto, quando a resposta deve ser "531 MPa".
  • Se uma grandeza se traduz em percentagem (como por exº a extensão) ter em atenção que esse valor deve ser inserido na calculadora de forma correcta. Por exº:
    • "3.2 %" deve ser inserido nas "contas" como 0.032.
    • Podemos tratar o símbolo "%" como se de uma multiplicação pelo número 0.01 se tratasse.
  • Atenção aos cálculos com potências de 10. O seguinte erro é muito comum:
    • Determinar o volume do cubo que tem 2 angstrom de aresta (1 angstrom = 10^(-10) m)
      • Muitos alunos fazem: (2 x 10^(-10))^3 = 8 x 10^(-10)...
      • O resultado correcto é:  (2 x 10^(-10))^3 = 8 x 10^(-30).
    • Sempre que um resultado aparentar ser de uma ordem de grandeza muito diferente do esperado, o aluno pode e deve escrever uma breve crítica ao resultado.
      • Obviamente que o aluno deve tentar mais tarde detectar o respectivo erro; a experiência dita que não é muito produtivo estar imediatamente a dispender tempo precioso a detectar esse tipo de engano. É melhor passar para outras questões e voltar a esse assunto no final do teste, se sobrar tempo.
    • Se uma alinea posterior depender dum resultado anterior que o aluno não conseguiu resolver, é legítimo que o aluno assuma um valor razoável para esse parâmetro anterior. Por exº:
      • Se na alínea a) se pedir para determinar o módulo de Young; e se depois na alínea c) se pedir uma força aplicada no regime elástico, pode ser necessário que o aluno que não fez a alínea a) proponha um valor razoável para o módulo de Young.  
        • No caso dum metal seria por exº um valor da ordem das dezenas de GPa.

Estruturas cristalinas

  • Evitar unidades não coerentes para a densidade (massa específica), como por exº g / (nm)^3. As unidades coerentes são:
    • g / (cm)^3 ou então  kg / (m)^3
  • Os índices de direcções (que são rectas) representam-se com parêntesis rectos: [u v w]
    • Os índices de famílias de direcções representam-se com parêntesis agudos: <u v w> 
      • (que também são rectilíneos)
  • Os índices de planos representam-se com parêntesis curvos: (h k l)
    • Os índices de famílias de planos representam-se com chavetas: {h k l} 
  • Os índices de planos e de direcções representam-se sem vírgulas 
    • Notar que um conjunto de 3 valores entre parêntesis curvos e com vírgulas separadoras continua a representar um ponto.
  • Não confundir a regra de obtenção dos índices das direcções com a dos planos.
    • Direcções são rectas. Rectas definem-se por vectores. Os índices das direcções são simplesmente as componentes de vectores, de acordo com os vectores-base que são as arestas da célula unitária da rede cristalina.
    • Por outro lado, os índices dos planos obtêm-se através do cálculo dos inversos dos valores das intersecções do plano pelos 3 eixos coordenados. 
    • Ou seja:
      • Índices de direcções ---> coordenadas
      • Índices de planos ------> inversos de intersecções.
  • Não confundir "rede cristalina" com "estrutura cristalina"
    • "Rede" é um conjunto de pontos. 
      • Um ponto é uma esfera de volume zero!
    • "Estrutura" refere-se ao material e à forma como os átomos se distribuem no espaço.
      • Os átomos ocupam um volume não nulo no espaço!
    • O nome das redes é em geral diferente do nome das estruturas, embora existam excepções: 
      • no caso das estruturas cúbicas, o nome da estrutura é igual ao nome da rede.
  • Se ao desenhar um plano ou direcção o aluno constatar que a perspectiva escolhida não foi a mais adequada... o aluno pode e deve fazer um novo esboço, com os eixos rodados, ou até com eixos permutados.
    • Evitar por exemplo representar um plano em que os 3 ou 4 pontos que o representam se situam numa mesma linha (de acordo com a perspectiva escolhida).

Propriedades mecânicas parte I

  • A tensão de prova a 0.2% obtém-se como a ordenada do ponto de intersecção entre a curva do ensaio de tracção e uma recta paralela ao troço linear dessa curva, que passa pela abcissa 0.2% (idem para a tensão de prova a 0.1%).
    • Notar que a abcissa desse ponto de intersecção NÃO É 0.2%
    • Esse ponto não é o ponto mais adequado para calcular o módulo de Young, visto que se encontra numa região do gráfico em que já há um (embora ligeiro) desvio da linearidade.
  • Não confundir tensão de cedência com tensão máxima
    • Na tensão de cedência dá-se a transição entre o regime (exclusivamente) elástico e o regime (elástico-)plástico.
    • Por outro lado, na tensão máxima dá-se a transição entre o regime de deformação uniforme e o regime de estricção (ie, deformação localizada, ou seja, não-uniforme)