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T6
15 março 2010, 09:30 • Augusto Moita de Deus
Recuperação elástica após deformação plástica.
Encruamento dos metais: à medida que se acumula deformação plástica, a tensão de cedência vai simultâneamente aumentando (diminuindo a respectiva ductilidade).
Material elástico idealmente plástico: material que não sofre encruamento, tendo uma curva de regime plástico que é paralela ao eixo das abcissas
Alguns metais exibem esse comportamento de forma muito aproximada
O fenómeno do encruamento, pelo qual o material vê aumentada a sua resistência (à cedência) pelo trabalho mecânico (ou trabalho plástico) sobre si imposto, bem como a compreensão à escala atómica do fenómeno da plasticidade, serão discutidos mais em detalhe na parte II deste capítulo.
No caso dos metais, a tensão de cedência e a tensão máxima tendem a ser similares à tracção e à compressão, no caso de peças que não tenham sido previamente deformadas plasticamente.
Nota: os materiais cerâmicos têm em geral um comportamento distinto à tracção e à compressão: a tensão máxima (em valor absoluto) é maior à compressão que à tracção.
Efeito de Bauschinger: (aparente) redução do valor absoluto da tensão de cedência à compressão após o material ter sofrido encruamento à tracção (e vice-versa)
A diferença entre as tensões de cedência à tracção e compressão tende a ser próxima do dobro da tensão de cedência original.
Variação de volume no ensaio de tracção (este tópico foi discutido em maior detalhe na aula prática):
Em regime elástico a variação de volume é normalmente desprezável face ao volume da amostra;
Em regime plástico a variação de volume é por definição nula (pois o que varia é a forma do material).
Isso significa que as fórmulas de conversão "valores nominais vs valores reais" são válidas em toda a região de interesse do ensaio de tracção.
Elas deixam de se aplicar após a estricção, visto que a geometria do provete deixa de ser regular. Mas a partir dessa altura a peça já não poderá ser usada para aplicações de engenharia, logo tal situação (comportamento após a tensão máxima) tem interesse limitado do ponto de vista das aplicações.
Deformação elástica e plástica à escala atómica
No 1º caso, as distâncias interatómicas variam (daí a variação de volume), mas quando se remove a força exterior, os átomos retornam à sua posição de equilíbrio; no 2º caso, o valor suficientemente elevado das tensões de corte pode levar à situação em que planos atómicos escorreguem uns relativamente aos outros (teremos de ver mais tarde como é que na prática isto é possível). Logo, quando se retira a força exterior, os átomos já não retornam à posição anterior: a deformação é permanente, sendo que a forma do material mudou mas não o seu volume. Sendo assim, por definição, a deformação puramente plástica conserva o volume. No entanto, num material real, juntamente com a deformação plástica existe sempre deformação elástica. Por isso num material real, quer em regime (puramente) elástico, quer em regime (elástico e) plástico, há sempre alguma variação de volume, que contudo na maior parte dos casos pode ser desprezada (pelos motivos expostos). Aliás, é com base na conservação de volume que se deduz a fórmula de conversão tensão real - tensão nominal.
Ensaio de dureza.
Resistência à indentação, ou à deformação plástica superficial. Os ensaios de dureza (Rockwell, Brinell, Vickers) diferem da geometria e material do indentador e da carga aplicada. O número de dureza obtém-se de uma fórmula especificada para cada tipo de ensaio, cujas variáveis dependem (em geral) das dimensões do indentador e da indentação, bem como da carga. Quanto maior a dimensão da indentação, menor será a dureza.
Correlação directa entre dureza e resistência mecânica.
3. ESTRUTURAS CRISTALINAS . Motivação do estudo das estruturas cristalinas. Energia e arranjo atómico. Estruturas cristalinas e amorfas.
Célula unitária.
Os valores relativos dos 3 parâmetros de rede e dos 3 ângulos entre os eixos cristalográficos definem os sistemas cristalográficos.
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