Dissertação

Detection of movement of hemozoin crystals in the digestive vacuole of malaria parasites EVALUATED

A malária resulta da infecção protozoária das células vermelhas do sangue por quatro espécies de Plasmodium, onde falciparum é a pior. No ciclo intra-eritrócito o parasita passa por três fases: anel, trofozoíto e esquizonte. A digestão da hemoglobina liberta grandes quantidades de heme tóxico, que o parasita cristaliza em hemozoína no vacúolo digestivo. Esta cristalização é um processo dinâmico, que está pouco compreendido. A análise do movimento dos cristais à temperatura corporal saudável e após exposição a febre é o foco deste trabalho. O movimento da hemozoína no vacúolo digestivo de parasitas no estágio trofozoíto foi estudado a temperatura ambiente após cultura a 37°C e depois da exposição a 40°C e 41ºC durante 1 hora, através de microscopia em tempo real utilizando uma câmara de alta velocidade acoplada a um microscópio óptico. Utilizaram-se as câmaras MegaSpeed e Fastcam para adquirir as sequências de imagens a 2128, 4000, 7500 e 15000fps. As frames foram analisadas utilizando scripts desenvolvidos para ImageJ e Matlab. O deslocamento projetado médio das partículas 0.236±0.090 µm (2128fps) e 0.190±0.083 µm (4000 fps) e a velocidade média é 52.5±21.3µm/s (2128fps) e 64.7±25.2µm/s (4000fps). A exposição a febre atenuou o movimento da hemozoína. No entanto, o movimento retoma parcialmente após 1 hora à temperatura ambiente, durante o tratamento térmico a 40°C. Isto demonstra que o fenómeno não é Browniano. A alta força motriz aparentemente envolvida nesta atividade sugere que o fenómeno tem um papel vital e que a imobilização forçada pode levar à destruição do parasita e terapias inovadoras.
Malária, hemozoína, movimento, velocidade, temperatura, vacúolo digestivo

dezembro 22, 2014, 11:0

Publicação

Obra sujeita a Direitos de Autor

Orientação

ORIENTADOR

Patrícia Maria Cristovam Cipriano Almeida de Carvalho

Departamento de Engenharia Química (DEQ)

Professor Auxiliar

CO-ORIENTADOR

Maria de Fátima Carvalho Nogueira

Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa

Investigadora Auxiliar