Dissertação

Gestão e Valorização de Equipamento de Proteção em Meio Hospitalar EVALUATED

Neste estudo estimou-se que em Portugal Continental doentes e profissionais de saúde utilizam anualmente cerca de 8 milhões de batas hospitalares descartáveis (BHD), i.e., cerca de 688 t de tecido não tecido (TNT) composto essencialmente por polipropileno (PP). Após utilização são eliminadas como resíduo hospitalar (RH) do Grupo II ou III. Tendo em conta a hierarquia de gestão de resíduos na economia circular procedeu-se à pesquisa bibliográfica sobre opções de valorização mais eficazes para TNT. Em hospitais públicos e privados recolheu-se informação que permitisse a previsão do consumo de BHD a nível nacional e uma análise preliminar da sustentabilidade técnico-económica e ambiental de diversas opções de gestão deste RH. O conteúdo energético de BHD foi determinado laboratorialmente. Soluções como redução do volume de resíduos produzido, a substituição por batas reutilizáveis de baixo impacto ambiental, processos de valorização como a reciclagem mecânica e química e a valorização energética foram consideradas. As opções mais viáveis e, também, implementadas com sucesso noutros locais apontam para: (1) a substituição por batas com um período de reutilização de 2 anos, com um custo aproximado de 0,55€/utilização, semelhante ao custo de uma bata descartável, e menor impacto ambiental; (2) a reciclagem mecânica em unidade dedicada podendo incluir TNT utilizado noutros equipamentos de proteção hospitalar, permitindo a reutilização do PP, contribuindo para a economia circular do material com um valor de mercado atual de ca. de 250 €/t e um período de retorno do investimento de 4 anos, no caso do PP em barra.
Batas Hospitalares, Gestão de Resíduos, Polipropileno, Resíduos Hospitalares, Tecido Não Tecido, Valorização

novembro 23, 2016, 14:30

Publicação

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Orientação

ORIENTADOR

Susete Maria Martins Dias

Departamento de Bioengenharia (DBE)

Professor Auxiliar