Dissertação

Comportamento de duas variedades de alface (Lactuca sativa L.) quando expostas a ambiente naturalmente contaminado EVALUATED

Para avaliar e comparar o comportamento de duas variedades de alface (Lactuca sativa L.; var.: Marady e Romana) quando expostas a ambiente contaminado e avaliar qual o seu contributo para possíveis riscos, associados ao seu consumo, na saúde humana, realizaram-se no Outono (2005) e no Verão (2006) ensaios de campo em solos agrícolas, nas imediações da mina de urânio da Cunha Baixa. Nos ensaios foram utilizados dois solos (A e B), que foram divididos em dois talhões; um regado com água contaminada em urânio, alumínio e manganês e o outro com água não contaminada. Analisou-se o teor destes elementos nas águas de rega, nos solos e na cultura. A maior produção e os teores médios mais elevados de urânio, alumínio e manganês observaram-se na folha (5,37, 456,33, 374,78 mg/kg, respectivamente) e na raiz (28,20, 1263,75, 220,50 mg/kg, respectivamente) das plantas da variedade Romana. A concentração destes elementos foi influenciada, principalmente, por características do solo B e pela água de rega contaminada. Do coeficiente de translocação verificou-se que, do total absorvido pela alface, o urânio se concentrou preferencialmente na raiz e o manganês na folha, nos dois ensaios, enquanto o alumínio se concentrou na folha da variedade Marady e na raiz da variedade Romana. Da análise do risco (individual e combinada) associado à exposição aos três elementos, considerando apenas o consumo da hortícola, concluiu-se que o coeficiente e o índice de risco foram muito inferiores à unidade, contribuindo pouco para possíveis efeitos negativos para a saúde dos residentes da Cunha Baixa.
Alface (Lactuca sativa L.), Cunha Baixa, solo, água de rega, contaminação, risco.

novembro 29, 2010, 11:0

Publicação

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Orientação

ORIENTADOR

Maria Orquídia Teixeira Neves

Departamento de Engenharia de Minas e Georrecursos (DEMG)

Professor Auxiliar