Efeitos da qualidade da água de rega na cultura da batata (Solanum tuberosum L.) e em solos da área mineira da Cunha Baixa (Mangualde) EVALUATED

Detalhes: Em 2006, realizou-se um ensaio de campo, em dois solos agrícolas da área mineira da Cunha Baixa, com o objectivo de avaliar o efeito da qualidade da água de rega nos solos e na cultura de batata (Solanum tuberosum L.), produto base da dieta alimentar da população local, e se o seu consumo poderá, eventualmente, representar risco químico para a saúde humana. Os solos (A e B), com diferentes teores médios de urânio total (A: 45 mg/kg; B: 128 mg/kg), alumínio (A: 69 g/kg; B: 73 g/kg) e manganês (A: 327 mg/kg; B: 704 mg/kg), foram divididos em dois talhões experimentais: um regado com água contaminada (U: 1030-1040 µg/L; Al: 7500-8000 µg/L; Mn: 4520 µg/L) e o outro com água não contaminada (U: 14-20 µg/L; Al: 17-23 µg/L; Mn: 2,4-5,7 µg/L). Após o desenvolvimento da cultura, verificou-se, em particular no solo B, que os teores totais de urânio, alumínio e manganês diminuíram. Nos tubérculos (kg peso fresco), a maior concentração destes elementos registou-se, em média, nos talhões regados com água contaminada (U: 24-111 µg/kg; Al: 5-12 mg/kg; Mn: 2,3-2,6 mg/kg). O urânio (90-96%) e o alumínio (75-84%) concentraram-se na pele dos tubérculos e o manganês (69-82%) na polpa. Na planta, estes elementos foram maioritariamente translocados para a parte aérea (U: 87-95%; Al: 93-99%; Mn: 95-98%). A análise do risco para efeitos não-cancerígenos, relativamente à exposição ao urânio, alumínio e manganês através do consumo destes tubérculos (com e sem pele), revelou grande segurança alimentar quando considerada apenas esta fonte de exposição.

Discussão: novembro 10, 2009, 16:0

Orientação

AUTOR

Vera Rita Batista de Figueiredo (ist153825)

ORIENTADOR

Maria Orquídia Teixeira Neves

Departamento de Engenharia de Minas e Georrecursos (DEMG)

Professor Auxiliar