Breve Introdução
O Mestrado Integrado de Engenharia Aeroespacial (MEAer) é uma síntese de tecnologias avançadas que distinguem o século XX dos que o precederam, que têm uma importância crescente no século XXI; encontram-se integradas em vários tipos de veículos, como aeroplanos, helicópteros, aeronaves robotizadas, foguetões e satélites e nos meios de apoio associados como a gestão do tráfego aéreo e outros aspectos operacionais.
Todos estes veículos integram de formas diversas, através da dinâmica de voo atmosférico, orbital e interplanetário, um vasto leque de tecnologias modernas, que incluem a aerodinâmica, a propulsão, as estruturas, os materiais, os processos de fabrico, o controlo, a computação, a electrónica, as telecomunicações, a inteligência artificial, os sistemas eléctricos, hidráulicos, pneumáticos e outros.
Figura 1: Avião de ensaios em voo Casa C-212 Aviocar (BAFR)
Historial
Objectivos
O MEAer tem uma Comissão de Coordenação com docentes do DEM e DEEC, sendo as cerca de 20 disciplinas de dinâmica de voo e temas de integração, projecto e operacionais ministradas pela Área Científica de Mecânica Aplicada e Aeroespacial (ACMAA) do DEM. Em conjunto com os órgãos centrais do IST oferecem aos alunos amplas possibilidades de intercâmbio, incluindo duplos diplomas de Mestrado (com Delft, Toulouse, Turim e Roma), além das possibilidades de trocas Erasmus com mais de 60 universidades.
O intercâmbio de alunos com outras universidades é da ordem de 20-30 tanto nas idas de portugueses para o estrangeiro como na vinda de estrangeiros para o IST. O IST é membro da associação PEGASUS das melhores universidades europeias que ensinam engenharia aeronáutica e espacial. Entre estas o IST é a única a pôr igual ênfase nos aspectos mecânicos tradicionais e eléctricos de importância mais recente, e é também o único caso de curso interdepartamental em vez de departamento de engenharia aeroespacial dedicado.
Entre as universidades europeias a ACMAA/DEM/IST é quase única em ter uma experiência de ensaios em voo com mais de 10 tipos diferentes da Força Aérea Portuguesa e outros operadores; a colaboração com a FAP incluiu a coordenação e partilha de disciplinas com o Curso de Engenharia Aeronáutica da Academia da Força Aérea.
Além do acesso aos meios disponibilizados pelo DEM e DEEC, que são
demasiado numerosos para ser feita uma lista exaustiva, referem-se
algumas actividades especificamente aeronáuticas. Além dos ensaios em
voo já referidos é feita a monitorização de sinais de satélites de
navegação EGNOS/GPS/GALILEU usados para gestão do tráfego aéreo.
O Laboratório de Aeronáutica tem 3 componentes: (1) um túnel aeroacústico com secção de trabalho em câmara anecóica de 4 x 5 x 6 m3, velocidade de escoamento de 60 m/s, nível de turbulência de 0.3% e jacto com 1.2 m de diâmetro (Figura3 ); (2) um simulador de voo com 6 graus de liberdade e base eléctrica tipo Stewart com a cabine de um avião de transporte regional Fokker F.27 Friendship (Figura 2); (3) o laboratório de apoio aos ensaios em voo realizados noutros locais, por exemplo nas bases aéreas de Beja, Alverca ou Sintra (Figura 1).
O Laboratório de Aeronáutica insere-se no Centro de Ciências Aeronáuticas e Espaciais (CCTAE), que faz parte do IDMEC (instituto de Engenharia Mecânica) do IST, por sua vez parte do LAETA (Laboratório Associado de Energia, transportes e Aeronáutica) envolvendo outras universidades (Porto, Coimbra e Covilhã). São igualmente relevantes para o MIEA vários outros laboratórios do IST, incluindo o ISR,IT,INESC,IN+.