Breve Introdução

O Mestrado Integrado de Engenharia Aeroespacial (MEAer) é uma síntese de tecnologias avançadas que distinguem o século XX dos que o precederam, que têm uma importância crescente no século XXI;  encontram-se  integradas em vários tipos de veículos, como aeroplanos, helicópteros, aeronaves robotizadas, foguetões e satélites e nos meios de apoio associados como a gestão do tráfego aéreo e outros aspectos operacionais.

Todos estes veículos integram de formas diversas, através da dinâmica de voo atmosférico, orbital e interplanetário, um vasto leque de tecnologias modernas, que incluem a aerodinâmica, a propulsão, as estruturas, os materiais, os processos de fabrico, o controlo, a computação, a electrónica, as telecomunicações, a inteligência artificial, os sistemas eléctricos, hidráulicos, pneumáticos e outros.



Figura 1: Avião de ensaios em voo Casa C-212 Aviocar (BAFR)


Historial

O MEAer foi criado em 1991 com um numerus clausus de 35 que foi aumentando até aos 85 actual com entrada sempre crescente. A nota mínima de entrada foi desde o início a mais alta de todas as engenharias em Portugal e recentemente a mais alta de todos os cursos universitários. O MEAer empenha-se em desenvolver ao máximo o potencial de todos os alunos que nele ingressam.

Objectivos

O MEAer tem uma Comissão de Coordenação com docentes do DEM e DEEC, sendo as cerca de 20 disciplinas de dinâmica de voo e temas de integração, projecto e operacionais ministradas pela Área Científica de Mecânica Aplicada e Aeroespacial (ACMAA) do DEM. Em conjunto com os órgãos centrais do IST oferecem aos alunos amplas possibilidades de intercâmbio, incluindo duplos diplomas de Mestrado (com Delft, Toulouse, Turim e Roma), além das possibilidades de trocas Erasmus com mais de 60 universidades.

O intercâmbio de alunos com outras universidades é da ordem de 20-30 tanto nas idas de portugueses para o estrangeiro como na vinda de estrangeiros para o IST. O IST é membro da associação PEGASUS das melhores universidades europeias que ensinam engenharia aeronáutica e espacial. Entre estas o IST é a única a pôr igual ênfase nos aspectos mecânicos tradicionais e eléctricos de importância mais recente, e é também o único caso de curso interdepartamental em vez de departamento de engenharia aeroespacial dedicado.

Entre as universidades europeias a ACMAA/DEM/IST é quase única em ter uma experiência de ensaios em voo com mais de 10 tipos diferentes da Força Aérea Portuguesa e outros operadores; a colaboração com a FAP incluiu a coordenação e partilha de disciplinas com o Curso de Engenharia Aeronáutica da Academia da Força Aérea.

Além do acesso aos meios disponibilizados pelo DEM e DEEC, que são demasiado numerosos para ser feita uma lista exaustiva, referem-se algumas actividades especificamente aeronáuticas. Além dos ensaios em voo já referidos é feita a monitorização de sinais de satélites de navegação EGNOS/GPS/GALILEU usados para gestão do tráfego aéreo.

O Laboratório de Aeronáutica tem 3 componentes: (1) um túnel aeroacústico com secção de trabalho em câmara anecóica de 4 x 5 x 6 m3, velocidade de escoamento de 60 m/s, nível de turbulência de 0.3% e jacto com 1.2 m de diâmetro (Figura3 ); (2) um simulador de voo com 6 graus de liberdade e base eléctrica tipo Stewart com a cabine de um avião de transporte regional Fokker F.27 Friendship (Figura 2); (3) o laboratório de apoio aos ensaios em voo realizados noutros locais, por exemplo nas bases aéreas de Beja, Alverca ou Sintra (Figura 1).

O Laboratório de Aeronáutica insere-se no Centro de Ciências Aeronáuticas e Espaciais (CCTAE), que faz parte do IDMEC (instituto de Engenharia Mecânica) do IST, por sua vez parte do LAETA (Laboratório Associado de Energia, transportes e Aeronáutica) envolvendo outras universidades (Porto, Coimbra e Covilhã). São igualmente relevantes para o MIEA vários outros laboratórios do IST, incluindo o ISR,IT,INESC,IN+.



Figura 2: Simulador de Voo (SVI-RFI)

Destinatários

 O MEAer tem vários factores de atractividade:

- ensino de qualidade que visa desenvolver plenamente o potencial dos alunos que ingressam com as notas mais elevadas do ensino superior;

- formação de base interdisciplinar de qualidade nos 3 primeiros anos, evitando escolhas prematuras de especializações de espectro estreito;           

- vasto leque de escolha no mestrado (# ramos, 6 perfis e 13 especializações) cobrindo a maioria das áreas de tecnologia avançada actuais;

- acesso a laboratórios especializados incluindo de aeronáutica, e a meios computacionais e projectos dedicados a alunos como o nanosat;

- corpo docente com actividade de alto nível em investigação capaz de orientar teses de mestrado e doutoramento em vários domínios;

- possibilidade de duplos diplomas e trocas Erasmus com algumas as melhores universidades europeias e fora da europa;

- empregabilidade total em Portugal e no estrangeiro no sector aeronáutico, espacial, consultoria e outros.



Figura 3: Esquema do Túnel Aerodinâmico e Aeroacústico (TAA-AAW)

Saídas Profissionais

Plano Curricular

Os formados do MEAer encontraram desde sempre um mercado com mais procura do que oferta, resultando em pleno emprego, o que significa que todos os diplomados encontram emprego em menos de 2 meses. Há ofertas de emprego antes de terminar o curso, mas são desaconselhadas: é mais sensato concentrar-se em tirar todo o proveito do MEAer, na certeza que não vão faltar empregos após a formatura.     

Os formados pelo MEAer encontram emprego em Portugal e no estrangeiro, dentro e fora do sector aeronáutico e espacial. Em Portugal mencionam-se as OGMA/EMBRAER, TAP, FAP, NAV, INAC e várias empresas novas de tecnologia avançada, incluindo alguns “spin-offs” do MEAer/IST. No estrangeiro a Airbus, British Aerospace, CASA, Rolls-Royce, Safran, CERN,ESA, Eurocontrol. Fora do sector especificamente aeronáutico as principais consultoras internacionais e empresas de serviços informáticos e outros procuram também os formados pelo MEAer.

A engenharia aeroespacial é extremamente interdisciplinar, fornecendo um espectro largo de competências (ver Figura 5, disponível no Plano Curricular) com uma vasta gama de procura no mercado de emprego. O engenheiro aeroespacial dos ramos aeronaves e Aviónica pode desempenhar respectivamente as funções de engenheiro mecânico ou electrotécnico, embora não seja esse o objectivo. O engenheiro aeroespacial do ramo espaço reforça as competências electromecânicas que têm grande procura em numerosos sectores da tecnologia e indústria. 

Regime de Funcionamento

As unidades curriculares podem ter componentes de ensino teórica, prática e laboratorial.  A distribuição semanal de horas em cada uma destas componentes está afixada no plano curricular e está de acordo com o publicado em Diário da República.  

Propinas

propina, tal como estipula a Lei n.º 37/2003, de 22 de agosto, é a taxa de frequência, devida pelo estudante à instituição de ensino superior que frequenta, que visa comparticipar os custos da sua formação (Artigos 15.º e 16.º).

O pagamento da propina faseado ou na sua totalidade efetua-se através da página do aluno no Sistema Fénix com o IST ID.

Publicações Oficiais

2024-03-12 (Extinção do CE) Despacho n.º 2581/2024, DR n.º 51, II Série, de 12/03
2017-11-29 Despacho n.º 10414/2017, DR n.º 230, II Série, de 29/11, Pág. 26996 a 27004 Área de Especialização em Aeronaves, Área de Especialização em Aviónica, Área de Especialização em Espaço
2017-10-10 [DGES] Registo de alteração n.º R/A-Ef 2175/2011/AL02
2017-06-07 [A3ES] Processo n.º ACEF/1314/0306812 | Decisão do CA (acreditado por 6 anos)
2015-02-12 Despacho n.º 1525/2015, DR n.º 30, II Série, de 12/02, Pág. 4081 a 4091 Área de Especialização em Aeronaves, Área de Especialização em Aviónica, Área de Especialização em Espaço
2015-01-05 [DGES] Registo de alteração n.º R/A-Ef 2175/2011/AL01
2013-12-27 [A3ES] Processo n.º ACEF/1314/0306812 | Guião para a auto-avaliação
2012-06-12 Despacho n.º 8078/2012, DR n.º 113, II Série, de 12/06, Pág. 21136 a 21146 Área de Especialização em Aeronaves, Área de Especialização em Aviónica, Área de Especialização em Espaço
2011-12-12 [A3ES] Processo n.º CEF/0910/06812 | Decisão do CA (acreditado preliminarmente)
2011-03-18 [DGES] Registo inicial n.º R/A-Ef 2175/2011
2010-12-29 Despacho n.º 19293/2010, DR n.º 251, II Série, de 29/12, Pág. 63158 a 63168 Área de Especialização em Aeronaves, Área de Especialização em Aviónica, Área de Especialização em Espaço
2010-03-24 [A3ES] Processo n.º CEF/0910/06812 | Caracterização do ciclo de estudos
2009-08-17 Despacho n.º 19046/2009, DR n.º 158, II Série, de 17/08, Pág. 33495 a 33507 Área de Especialização em Aeronaves, Área de Especialização em Aviónica, Área de Especialização em Espaço
2008-04-01 Despacho n.º 9477/2008, DR n.º 64, II Série, de 01/04, Pág. 14216 a 14227 Área de Especialização em Aeronaves, Área de Especialização em Aviónica
2007-01-29 Despacho n.º 1374/2007, DR n.º 20, II Série, de 29/01, Pág. 2415 a 2425 Área de Especialização em Aeronaves, Área de Especialização em Aviónica
2006-06-27 [DGES] Registo de adequação n.º R/B — AD-621/2006

Coordenadores

2020/2021
Fernando Lau
lau@tecnico.ulisboa.pt
José Fernando Alves da Silva
fernando.alves@tecnico.ulisboa.pt

A informação contida nesta página é da responsabilidade da equipa de coordenação do curso.