Dissertação

Influence of the cell membrane on bacterial persistence EVALUATED

Este trabalho teve como objectivo estudar o aparecimento de células bacterianas persistentes em populações expostas a antibióticos e o efeito dos antibióticos na composição de ácidos gordos (FA) e potencial zeta (ZP) dessas células. Foram estudadas duas bactérias Gram-postitivas: Staphylococcus aureus e Rhodococcus erythropolis. A tolerância das células persistentes a vancomicina e teicoplanina, que inibem a biosíntese do peptidoglicano da parede celular, foi monitorizada pela contagem de unidades formadoras de colónias. Para isso, bactérias recolhidas na fase exponencial de crescimento foram expostas a elevadas concentrações de antibióticos: 50 e 100 µg.mL-1. Cinéticas de morte bifásica, típicas do enriquecimento em células persistentes, foram observadas em ambas as espécies e condições testadas. Foram ainda obtidos padrões distintos por FTIR de células normais e persistentes. A dinâmica populacional das células persistentes sobreviventes após remoção do antibiótico, analisada por espectrofotometria a 600 nm, revelou repopulação da cultura, confirmando células persistentes como variantes fenotípicas reversíveis das células normais. A análise dos ésteres metilados de FA mostrou que ambas as bactérias respondem através do aumento do número de FA saturados e da diminuição significativa do número de FA ramificados. No caso do ZP, os valores diminuíram com o tempo de exposição e concentração dos antibióticos. Estes resultados sugerem claramente que as bactérias ultrapassam a acção dos antibióticos através da reorganização da membrana celular, de modo a reduzir a sua permeabilidade. Adicionalmente, ensaios de actividade enzimática e de consumo de oxigénio em células persistentes sugerem que as células estão activas em vez de ‘adormecidas’, refutando hipóteses anteriores.
Staphylococcus, Rhodococcus, vancomicina, teicoplanina, FAMEs, persistência

novembro 24, 2014, 11:0

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