Dissertação
Arquiteturas expositivas e Identidade Nacional: o Pavilhão de Portugal em Exposições Internacionais entre a Primeira República e o Estado Novo EVALUATED
As Exposições Internacionais constituem, no campo da arquitetura, excelentes meios de prática experimental e influências mútuas, onde a novidade é testada com outro arrojo, devido ao carácter efémero destas construções expositivas, embora se registem, igualmente, continuidades e até retrocessos. As estreitas relações entre estas arquiteturas e os aspetos identitários de cada país revelam-se na conceção dos respetivos pavilhões, condicionados por diretrizes políticas, ideológicas e mentais. São nove as representações de Portugal, entre 1915 e 1970, que contaram com a construção de pavilhões próprios. A análise realizada foca as circunstâncias políticas e económicas determinantes na nossa participação e a imagem do país que se foi procurando projetar, em discursos ajustados aos regimes e às suas estratégias de afirmação e propaganda. Neste processo e sob a pressão dos concursos, assiste-se à discussão em torno de um estilo nacional, na qual pela primeira vez os nossos arquitetos decidem entrar e tomar o protagonismo, seja pela defesa de inspirações historicistas, vernaculares ou de um ‘modernismo nacional’. Todo o processo em torno dos pavilhões estudados, entre concurso ou adjudicação, construção e funcionamento, refletem importantes aspetos da evolução da teoria e prática arquitetónica em Portugal, apesar dos muitos condicionalismos existentes. A visão de conjunto proporcionada permite ainda avaliar a estreita relação entre conceção arquitetónica e programa decorativo, onde esta foi sendo progressivamente trabalhada no sentido de alcançar uma obra global, funcionando como um cartaz do país levado às cinco partes do mundo.
julho 7, 2016, 12:30
Publicação
Obra sujeita a Direitos de Autor
Orientação
ORIENTADOR
Vítor Manuel de Matos Carvalho Araújo
Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil)
Professor Auxiliar