Plano Curricular

LEIC 2003 desde 2003

A Licenciatura em Engenharia Informática e Computadores tem uma duração de cinco anos, com 40 disciplinas semestrais e um trabalho final no 5º ano do curso (Elenco de disciplinas da licenciatura). Os alunos frequentam em comum as 28 disciplinas dos primeiros três anos, após o que optam por uma área de especialização principal e uma área de especialização complementar.

As disciplinas são qualificadas quanto à profundidade, maturidade do ensino e maturidade da aprendizagem praticado em três tipos de qualificativos, L, M e A:

  • As disciplinas do tipo L (Licenciatura) são as disciplinas típicas dos primeiros 3 anos da Licenciatura, correspondendo a 4 unidades de crédito.
  • As disciplinas do tipo M (Mestrado) são disciplinas típicas do final da licenciatura e do início da pós-graduação, requerendo já maturidade nos conhecimentos e na abordagem das matérias em estudo. Em certos casos, os estudantes dos dois últimos anos da Licenciatura podem ter acesso a frequência de disciplinas de tipo M.
  • As disciplinas do tipo A (Avançadas) são disciplinas altamente especializadas, ao nível terminal do mestrado ou de preparação para o doutoramento.

O Trabalho Final de Curso constitui uma componente essencial deste curso, realizado sob orientação de um dos Professores da Licenciatura, normalmente no quadro das actividades de investigação e desenvolvimento tecnológico em que se encontra envolvido.

A componente do portfolio pessoal permite aos alunos integrar formalmente no seu currículo um número de valências adicionais, que complementam a sua formação técnico/científica. A criação do portfolio pessoal como uma componente curricular vai ao encontro de recomendações internacionais que indicam que a formação técnica dos alunos deve ser complementada com uma sólida formação social e humanística.

Entre as actividades que contam com créditos para o currículo pessoal contam-se a aprendizagem de línguas estrangeiras, cursos de comunicação oral e escrita, organização de eventos, gestão associativa, etc.

O IST dispõe de um conjunto único em Portugal de infraestruturas de I&D, quer nos seus Departamentos e Centros de Investigação, quer nas suas instituições associadas, das quais se destacam no contexto deste curso, o INESC-ID - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores. Investigação e Desenvolvimento em Lisboa, o ISR - Instituto de Sistemas e Robótica, o IT - Instituto das Telecomunicações, e o IDMEC - Instituto da Engenharia Mecânica.

As áreas científicas obrigatórias do curso são: Arquitectura e Sistemas Operativos, Computação Gráfica e Multimédia, Decisão e Controlo, Economia e Gestão, Física, Inteligência Artificial, Matemática, Metodologia e Tecnologia da Programação, Redes de Computadores, Sistemas de Informação.

No quarto ano da licenciatura, o aluno opta por uma área de especialização principal (AEP), onde deve frequentar 5 disciplinas, e por uma área de especialização complementar (AEC) onde deverá frequentar 3 disciplinas, das 5 disponíveis. A área de especialização principal deverá ser escolhida de entre umas das 5 AEPs disponíveis. A área de especialização complementar deverá ser escolhida de entre 7 áreas de especialização, 5 principais e 2 complementares.

As disciplinas optativas do 5º ano são seleccionadas de entre as disciplinas de especialidade das áreas que o aluno não tenha frequentado, ou de entre disciplinas de outras licenciaturas desde que previamente sancionadas pelo Coordenador da LEIC.

A decisão de seguir a via do Mestrado integrado será feira no início do 4º ano, sendo elegíveis os alunos que tenham concluído todas as cadeiras até ao final do 1º semestre  do 3º ano com média igual ou superior a 14 valores. Poderá ser eventualmente considerado um aluno que não tenha concluído até duas destas cadeiras, desde que a média das cadeiras realizadas menos o número de cadeiras por realizar seja igual ou superior a 14 valores. Neste caso, os alunos deverão optar por 4 disciplinas em regime M no 4º e 5º anos do curso, e o seu trabalho final de curso será realizado individualmente tendo em vista, para além da normal apresentação e defesa do trabalho realizado, o seu enquadramento na óptica do futuro desenvolvimento em tese de mestrado.

AEP: Programação e Sistemas de Informação

A área de especialização em Programação e Sistemas de Informação dá aos alunos uma formação que lhes permite desenvolver efectivamente sistemas de informação complexos. Este perfil corresponde a uma formação mais avançada nas áreas de programação, engenharia de software, sistemas de informação e bases de dados. As designações profissionais que se aplicarão naturalmente aos licenciados com este perfil são: engenheiro de software; engenheiro de sistemas; engenheiro de sistemas de informação; e arquitecto de sistemas de informação. Esta área, sendo uma das áreas de especialização centrais da LEIC, corresponderá previsivelmente ao perfil de licenciados com mais procura no mercado nacional e internacional. Todas as empresas que necessitem de desenvolver, manter e actualizar sistemas de informação terão interesse em licenciados com esta especialização. Empregadores típicos serão as empresas de serviços da área da banca e seguros, empresas fornecedoras de serviços informáticos e empresas de telecomunicações. Esta área confere aos alunos competências profissionais específicas em:

  • Análise e projecto de sistemas de informação complexos.
  • Técnicas de gestão de projecto de sistemas de informação.
  • Modelação e uso de dados em sistemas de informação.

AEP: Arquitectura e Sistemas Distribuídos

O objectivo desta área é formar especialistas em sistemas computacionais, com domínio das suas componentes de hardware e software. Este perfil corresponde assim a uma formação mais avançada na área da arquitectura, dos sistemas operativos e das tecnologias subjacentes à criação de sistemas computacionais distribuídos de elevada complexidade. As designações profissionais que se aplicarão com naturalidade aos licenciados com esta área de especialização serão engenheiro de sistemas ou arquitecto de sistemas. Existem vários empregadores que requerem os conhecimentos fornecidos por esta área de especialização, entre os quais se destacam os das áreas que têm necessidades prementes de sistemas com arquitecturas complexas: banca, seguradoras, e operadores de telecomunicações. Esta área confere aos alunos competências profissionais específicas em:

  • Análise e projecto de sistemas computacionais complexos.
  • Desenvolvimento de aplicações em sistemas distribuídos.
  • Gestão, configuração e operação de sistemas de computadores.

AEP: Sistemas Computacionais

Esta área de especialização tem como objectivo formar alunos com sólidos conhecimentos da realidade física que suporta os sistemas computacionais. Alunos com formação nesta área estarão especialmente vocacionados para o desenvolvimento de software sobre arquitecturas específicas e programação de sistemas a baixo nível de abstracção. Entre as designações profissionais aplicáveis a engenheiros com esta área de especialização encontram-se as seguintes: projectista de sistemas, engenheiro de sistemas e arquitecto de sistemas computacionais. As empresas que são naturais empregadores para engenheiros informáticos com formação nesta área são da área do desenvolvimento de sistemas electrónicos e sistemas embarcados, tais como a Siemens, Alcatel, ChipIdea, Octal, Tape, etc. São também empregadores naturais todas as empresas da área de telecomunicações, que desejem contratar engenheiros com conhecimentos profundos dos sistemas electrónicos que suportam os complexos sistemas de comunicações actuais. Esta área científica fornece competências específicas em:

  • Programação de baixo nível e alto desempenho em plataformas móveis.
  • Projecto de sistemas embarcados.
  • Co-projecto de sistemas de hardware/software.

AEP: Inteligência Artificial

O objectivo desta área é formar especialistas em sistemas inteligentes. Assim, a área de especialização centra-se no projecto e análise de sistemas inteligentes que poderão ser componentes de software ou mesmo máquinas que actuam num ambiente externo. O objectivo desta especialização é dotar aos alunos da LEIC da capacidade de determinar soluções para problemas que são difíceis de resolver utilizando métodos tradicionais. O uso de heurísticas de procura, de algoritmos específicos de aprendizagem, de sistemas multi-agentes permitie aos alunos a elaboração de soluções para problemas cada vez mais complexos no seio da informática. A formação ministrada por esta área de especialização permite que os seus alunos tenham a sua actividade profissional na área designada de forma genérica por engenharia de software. Os empregadores para engenheiros informáticos com esta área de especialização actuarão, tipicamente, em empresas de desenvolvimento de software e de consultadoria e serviços nas áreas de comércio electrónico, sistemas de apoio á decisão, CRM e gestão de conhecimento. Entre as designações profissionais aplicáveis a engenheiros com esta área de especialização encontram-se as seguintes: engenheiro de sistemas e engenheiro do conhecimento. Esta área científica fornece competências específicas em:

  • Técnicas avançadas de resolução de problemas.
  • Projecto de sistemas adaptáveis, para resolução de problemas complexos.
  • Projecto de sistemas que interajam com seres humanos usando interfaces naturais.

AEP: Robótica e Sistemas

A área de especialização em Robótica e Sistemas dá aos alunos uma formação que os torna capazes de lidar com a crescente complexidade e diversidade dos problemas e sistemas com que se deparam na vida real. Esta capacidade é conseguida através do ensino de ferramentas teóricas e práticas adequadas, de modo a conceber e implementar soluções informáticas que resolvam os problemas por sistemas complexos. Por outro lado, é cada vez mais frequente que a visão monolítica de sistema esteja a ser substituída por uma perspectiva distribuída de sistema, integrando diversos sub-sistemas inter-actuantes, com funcionalidades próprias e com variados graus de autonomia. As designações profissionais que se aplicarão naturalmente aos licenciados com este perfil são: engenheiro de software; engenheiro de sistemas; engenheiro de sistemas e automação. Esta área, sendo uma das áreas mais interdicisplinares da LEIC, corresponderá previsivelmente a um perfil de licenciados com significante procura no mercado nacional e internacional. Empregadores típicos indústrias, assim como empresas que desenvolvam a sua actividade em áreas com grande interdisciplinaridade. Esta área confere aos alunos competências profissionais específicas em:

  • Controlo e robótica.
  • Modelação e controlo de sistemas industriais.
  • Técnicas genéricas de optimização.

AEC: Teoria da Computação

O objectivo desta área de especialização complementar é fornecer aos alunos interessados numa carreira de investigação as bases teóricas da Engenharia Informática, incluindo competências específicas em:

  • Teoria da computabilidade e da complexidade.
  • Teoria das linguagens e seus processadores.
  • Fundamentos lógicos e algébricos da Engenharia da Programação.
  • Fundamentos lógicos e algébricos de Inteligência Artificial.

AEC: Codificação, Comunicação e Optimização

O objectivo desta área de especialização é fornecer preparação complementar em tópicos relevantes para a concepção e gestão de redes e sistemas, incluindo competências específicas em:

  • Combinatória, teoria de códigos e da informação.
  • Métodos numéricos e de optimização.


A informação contida nesta página é da responsabilidade da equipa de coordenação do curso.